A Grécia é mundialmente reconhecida por suas praias idílicas e um estilo de vida descontraído, que fazem do país um dos principais pontos turísticos do continente europeu. Antes do surto da pandemia global do COVID, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo calculava que o turismo gerava mais de um quinto do PIB total da Grécia.

Este ano, o país recebeu um número recorde de viajantes durante a temporada de turismo de verão. Somente no mês de agosto, o país registrou quase 1 milhão de entradas por semana, de acordo com o ministro grego do Turismo, Vassilis Kikilias.

Um relatório da ForwardKeys sobre o turismo de verão deste ano revelou que, dos dez principais locais de “sol e praia” da Europa, seis ficamvam na Grécia. Incluindo os destinos insulares de Mykonos, Thira (Santorini) e Heraklion (Creta), bem como Thessaloniki. Atenas, capital do país, ficou em terceiro lugar no ranking de destinos “urbanos” na Europa.

Dos 27 estados membros da União Europeia, a Grécia ocupa o sexto lugar em no ranking de número de caixas eletrônicos de criptomoedas, com 64 instalações ativas para uso. Mais da metade ddeles são compartilhados por Atenas e Salônica.

No entanto, a operadora de caixas eletrônicos de Bitcoin BCash instalou estrategicamente alguns de seus caixas eletrônicos nos destinos insulares da moda do país: Mykonos, Santorini e Creta. 

Embora Mykonos e Santorini sejam os destinos turísticos mais visitados, os caixas eletrônicos do continente têm a maior parte do tráfego, de acordo com Tsangalidis – especialmente o centro de Atenas, onde o primeiro caixa eletrônico do país foi instalado, e Thessaloniki.

No entanto, o cofundador observou que em Creta, a ilha mais populosa do país e um destino turístico popular, há um “público muito leal às criptomoedas."

“Existe uma forte comunidade de criptomoedas em Heraklion, em Creta, [que é] a localização de um de nossos caixas eletrônicos”.

Em Heraklion, a capital de Creta, o acelerador local de startups H2B Hub fez uma colaboração com a Universidade de Nicósia, de língua grega, para criar e apoiar uma comunidade blockchain local.

Tanto Atenas quanto Tessalônica têm encontros ativos e regulares para a comunidade de criptomoedas e blockchain.

Embora o turismo sustente parte da economia grega, de acordo com Tsangalidis, isso não se traduz no cenário das criptomoedas. “Infelizmente, acontece o oposto absoluto”, diz Tsangalidis. 

“Nos meses de verão e de alta temporada turística, a demanda cai. Mas estamos no meio do inverno cripto que veio no início deste ano, então é até normal."

Especialmente em termos de tráfego regular, a diminuição também pode ser equiparada à saída de moradores do país durante as férias.

Em geral, a Grécia precisa de mais conscientização sobre criptomoedas e sua utilidade na vida cotidiana, resume Tsangalidis.

“A influência no turismo local se tornará perceptível apenas se houver uma adoção mais ampla das criptomoedas na nossa sociedade.”

Ele acrescenta que, por enquanto, há pouca ou nenhuma infraestrutura disponível ou iniciativas de adoção de empresas e da administração pública do país. “Se nosso governo se tornar amigável às criptomoedas e uma luz verde for dada às empresas, a adoção virá em seguida.”

Em maio deste ano, a presidente da Organização Nacional de Turismo da Grécia, Angela Gerekou, disse que o país está atualmente explorando como a tecnologia blockchain pode trazer segurança e transparência ao setor de turismo.