Uma pesquisa sobre o consumo de energia por parte do protocolo Bitcoin voltou a exaltar preocupações para o futuro da criptomoeda.
A empresa analítica, Arcane Research, publicou um relatório afirmando que até 2040 o Bitcoin pode se tornar um dos principais consumidores de eletricidade do mundo.
De acordo com o relatório tudo dependerá do valor da criptomoeda no futuro, de sua adesão e usabilidade, taxas de transação e valores da energia elétrica.
De acordo com o analista Jaran Mellerud, em menos de duas décadas o consumo de energia da mineração e validação de transações poderá saltar mais de dez vezes comparado com o consumo atual.
Mesmo assim, este consumo estimado em cerca de 894 TWh anuais para daqui a duas décadas será o equivalente a 0,36% do consumo global de energia estimado.
Outro ponto é a viabilidade do processo, uma vez que dependendo de diversos fatores, caso associados, a mineração pode não ser viável.
“Atualmente, com base em um consumo de energia de 88 TWh e um preço médio de energia de US$ 50 por MWh, os mineradores de bitcoin gastam cerca de 50% de sua receita em energia”, diz o relatório.
A empresa fez relações de consumo de energia de acordo com o preço da criptomoeda, estimando que o consumo de energia aumentará de acordo com o aumento do preço da criptomoeda.
O relatório também apontou o halving como tendo um impacto significativo neste consumo, uma vez que torna o bitcoin mais escasso, o que tende a aumentar o preço da criptomoeda refletindo assim no aumento do consumo de energia.
Além do mais, deverá aumentar as taxas de transação uma vez que a recompensa pela mineração do bloco diminuirá pela metade.
E obviamente, o relatório pontuou que caso o Bitcoin fracasse em seus fundamentos, o consumo de energia não será tão alto.
Sim, o consumo de energia para a mineração do bitcoin é alto.
Estima-se que um bitcoin minerado utiliza a energia equivalente ao que consome uma família média nos Estados Unidos por mais de uma década.
Algo que incomodava os ambientalistas e Governos era o consumo de energia não renovável, o que as mineradoras estão tratando de dar um jeito.
Por outro lado, novas aplicações com gases que são emitidos na natureza estão sendo testadas para a produção de energia, e a designação destes processos está sendo rumada em partes para a mineração do bitcoin.
Ademais, não sabemos como será a tecnologia no futuro, e certamente alternativas serão criadas para fornecer energia de forma mais ampla.
Pode ser que no futuro, ao invés da mineração ser um problema ambiental e de consumo de energia, este mercado sirva como alternativa para a renovação energética e uso de fontes de energia alternativas.
Por fim, toda a segurança da rede Bitcoin está fundamentada no hashrate da rede, sendo assim um sistema de segurança contra dinheiro sem valor.
Jorge Siufi