O mercado criptográfico em baixa tem trazido mais do que empresas cripto falindo ou em dificuldades financeiras, e demissões.

Baixa nos investimentos

De acordo com a empresa analítica, Bloomberg, o interesse dos investidores de risco em financiar novas startups de criptomoedas no segundo trimestre deste ano caiu para o nível mais baixo em um ano.

As consequências da recessão econômica global e depreciação do mercado cripto começaram a afetar o financiamento de startups de tecnologia criptográfica.

De acordo com a Bloomberg, devido ao “boom” do mercado e investimentos no setor as startups de criptoativos eram menos suscetíveis a choques econômicos.

No entanto, de acordo com os resultados do segundo trimestre deste ano, o financiamento para startups privadas de criptoativos caiu para os níveis mais baixos em um ano.

Robert Le, analista de fintech da PitchBook, acredita que os mais de US$ 9,8 bilhões levantados em startups de fundos de capital de risco no primeiro trimestre foram resultado de acordos anteriores.

“A imunidade das startups de criptomoedas a choques econômicos foi apenas uma consequência de quanto tempo levaria para que os negócios de capital de risco fossem concluídos”, disse Le.

Continuando, disse que “embora o mercado de criptomoedas tenha começado a desacelerar em novembro e dezembro, essas transações já foram discutidas, então elas fecharam no primeiro trimestre. Agora eles estão hesitantes em entrar em novos acordos”.

Segundo David Pakman, sócio-gerente da empresa de capital de risco de criptomoeda CoinFund, disse à Bloomberg que o colapso da Terra, os sérios problemas financeiros da Celsius e da Babel Finance, a onda de demissões na Coinbase e Gemini contribuíram para a incerteza e o declínio do interesse de capitalistas de risco.

Em sua análise, Packman disse que “os acordos de startups estão desmoronando, pois muitos investidores retiraram suas ofertas nas últimas semanas. O financiamento inicial caiu cerca de 20%, os investimentos secundários da Série A em cerca de 50%, e as rodadas de financiamento da Série B e acima em quase 70%”.

“Esta é uma desaceleração de longo prazo no mercado e não terminará em um mês”, disse Packman.
 

Jorge Siufi