Em meio às turbulências que ainda circundam o ecossistema Terra (LUNA), o CEO da Binance, Changpeng Zhao, o CZ, revelou as participações da exchange em LUNA e na stablecoin UST. Em sua conta no Twitter, CZ revelou nesta segunda-feira (16) que a plataforma possui 15 milhões de tokens LUNA.
No momento da alta histórica da criptomoeda, em abril deste ano, quando cada LUNA passava de US$ 115, o montante da Binance na criptomoeda valia US$ 1,6 bilhão, segundo CZ.
Agora, com a moeda valendo praticamente nada, ou US$ 0,000132, os 15 milhões de LUNA valem menos de US$ 2.000.
“A Binance recebeu 15.000.000 LUNA (no pico, US$ 1,6 bilhão, agora não muito) como parte do investimento original (US$ 3 milhões). Retorno de 560x no pico. Ele ainda está no endereço que recebemos. Nunca foram movidos ou vendidos”, disse CZ.
A revelação veio após CZ consultar a Binance sobre eventuais posses da stablecoin do ecossistema Terra, a TerraUSD. Segundo ele, após ler alguns comentários no Twitter, resolveu perguntar à equipe se a Binance tinha algum UST.
“Eu não tenho acesso ao nosso backend de administração, por motivos de segurança. Então, eu sempre tenho que pedir a alguém para obter informações. Só perguntei agora”, esclareceu.
Foi então que ele descobriu que a Binance possui 15 milhões de LUNA e também uma grande quantidade de UST:
“Neste mesmo endereço, temos cerca de US$ 12.000.000 de UST de staking ao longo do tempo (não comprado). Também nunca foram movidos ou vendidos”, disse.
Em seguida, CZ destacou o que chamou de “a parte importante”. Para dar o exemplo no que diz respeito à “proteção de usuários”, a Binance praticamente abriu mão de suas posições em LUNA e UST.
“A Binance deixará isso de lado e pedirá à equipe do projeto Terra para compensar os usuários de varejo primeiro. E a Binance por último, se em algum momento.”
Além disso, o CEO da exchange afirmou que a empresa apoia totalmente a proposta apresentada pelo investidor Persian Capital. De acordo com a proposta divulgada no dia 13 de maio, a equipe Terra deve dar prioridade aos investidores “menores”:
“A segunda maneira é priorizar carteiras menores. Pessoas que tinham alguns milhares ou mais de UST depositados na Anchor. Se a Terra se concentrasse apenas nos 99,6% ‘mais pobres’ das carteiras, eles poderiam tornar esse grupo gigantesco 100% completo. Sim, você leu certo!”, tuitou Persian Capital.
Conforme explicou o investidor, priorizando os 99,6% da base, a rede Terra poderia literalmente devolver cada dólar investido pelos 99,6% mais pobres que detêm a maioria do UST.
Segundo ele, essa é a proposta mais justa, afinal, as pessoas ‘pobres’ precisam mais de dinheiro.
Lorena Amaro