A maior criptomoeda do mundo está a um passo da importante marca psicológica dos US$ 50.000 dólares.
No dia 10 de novembro de 2021 o bitcoin (BTC) cravou a marca de US$ 69.000 dólares (BTC/USDT – Binance) e marcou seu topo histórico.
De lá para cá o mercado passou inicialmente por uma habitual distribuição de lucro, normal em um mercado de renda variável.
A temporada dos criptoativos alternativos se foi e as altcoins derreteram, o verão cripto acabou, um suposto inverno chegou, e o doce azedou.
Menos de um mês depois, no dia 4 de dezembro, o BTC tomou um escorregão e cravou uma perda de mais de 20% e esfriou de vez o final de ano dos touros.
De alívio o mercado teve uma altinha um pouco antes do Natal, provavelmente um saltinho para pagar a festinha dos “bacanas”, mas logo o frio tomou conta no mercado, novamente.
Um novo ano começou, e janeiro continuou sendo mandado pelos ursos.
No final de janeiro o BTC passou por uma provinha de fogo ao se segurar num fundo logo abaixo dos US$ 33.000 dólares.
Naquela época alguns gurus de plantão já falavam do reteste na casa dos US$28.000 dólares, fundo este deixado lá em junho de 2021.
Mas o fato é que a faixa logo acima dos US$ 30.000 dólares era um suporte mais forte para o BTC, pois ali estava o início da faixa a qual se embasa um suporte de preço, e não uma linha de preço, como muitos ainda pensam.
Depois deste episódio o preço do BTC seguiu uma lateralização parecida com aquele suco de melão com água.
Que coisa mais sem graça!
Mas foi importante para o mercado se consolidar e acumular.
Em todo este período não houve baleias vendendo, grande influxo de BTCs nas exchanges, mineradores realizando lucro, enfim, era o mercado agindo de forma natural, mesmo.
Para piorar a situação, em 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia, e o temor de uma guerra mundial abalou os mercados, mas nem tanto como o cisne negro do COVID-19; mas abalou.
De diferente foi que o tombo que o mercado cripto tomou na ocasião foi só uma liquidação eufórica, mesmo, pois no mesmo dia o mercado voltou ao patamar que estava.
Pelo contrário, os protestos no Canadá já haviam mostrado ao mundo mais uma vez o porquê dos criptoativos existirem, e assim a Ucrânia e a própria Rússia também o fizeram.
A Ucrânia, empreendeu em criptoativos para ter ajuda financeira.
Já a Rússia viu nos criptoativos uma forma de evadir as sanções econômicas inferidas pelos países contrários à invasão.
E no meio de tudo isto os regulamentadores estatais corriam para regulamentar os criptoativos com a desculpa de conter os crimes de lavagem de dinheiro e de darem segurança aos usuários cripto.
Mas talvez, ou certamente, a implementação de legislação para os criptoativos seja mesmo para recolher impostos, mesmo.
Independentemente do motivo, sem legislação não haverá a entrada do “big money”, e (in)felizmente é melhor deixar de ganhar mais dinheiro pagando impostos sobre o lucro, a perder dinheiro com a depreciação do seu ativo ou posse, ou o que quer que seja.
Para os psicólogos de plantão, a marca dos US$ 50.000 pode ser forte, e o BTC está querendo dar uma espiada acima dela, novamente.
São longos 89 dias abaixo dela, praticamente 3 meses, que se completarão amanhã, 29 de março.
E o BTC chegou bem pertinho dela na tarde desta segunda-feira, 28 de março.
Ao registrar a máxima para o momento em US$ 48.189 dólares (BTC/USDT – Binance), esteve a pouco mais de 3,75% da casa dos US$ 50.000 dólares.
Porcentagem esta que para o mercado cripto é uma equivalência quase inexistente.
E quem sabe a hora que você estiver lendo esta reportagem essa marca já não tenha sido superada?
Será que a primavera voltou e os botões de flores estão surgindo para animar os touros para a corrida do próximo verão?
Só saberá, de fato, quem não vendeu.
Jorge Siufi