O Citigroup é o mais novo gigante bancário de Wall Street a estudar ofertas de serviços com criptomoedas.
Ao Financial Times, o diretor global de câmbio do banco revelou nesta sexta-feira (7) que o aumento no interesse fez com que a oferta fosse cogitada.
Itay Tuchman admitiu que não foi decidido o portfólio de produtos. Contudo, negociações, custódia e financiamento já estão sendo avaliados.
Citi cogita ofertar produtos com criptomoedas
Tuchman conta que há meses o volume de clientes interessados em Bitcoin aumentou consideravelmente. Inclusive, pesquisas foram solicitadas ao núcleo executivo para acelerar financiamentos e acordos com criptomoedas.
Além de investidores do varejo, o executivo revela que grandes gestores de ativos também questionaram o banco sobre negociações no segmento.
Embora a instituição não tenha “batido o martelo” sobre a questão, Tuchman garante que alternativas já estão sendo avaliadas.
“Existem diferentes opções na nossa perspectiva. Estamos considerando melhor atender os clientes. Isso não será um esforço de prop-trading [termo usado para referir-se a negociações por conta própria]”, ressaltou.
Apesar da pressão de investidores, o banco não transparece nenhum movimento apressado.
“Não devemos fazer nada que não seja são e salvo. Entraremos em ação quando estivermos confiantes de que podemos construir algo que beneficie os clientes e que os reguladores possam apoiar. […] Não tenho nenhum FOMO [medo de perder a oportunidade] porque acredito que as criptomoedas vieram para ficar e que estamos apenas no início do mercado”, frisou Tuchman.
Ademais, ao analisar a movimentação de outras instituições concorrentes, o executivo é taxativo. Tuchman diz que “não é uma corrida espacial” e que há espaço para todos os interessados.
Adesão pelo mercado de criptomoedas
Citi se une a outras instituições financeiras tradicionais de Wall Street ao considerar o mercado de criptomoedas.
Recentemente, Goldman Sachs e Bank of New York Mellon anunciaram projetos de expansão com ativos digitais.
A adesão das organizações ocorre no ano em que o Bitcoin alcançou sua máxima histórica (ATH) de US$ 64 mil.
Em março, o Citi pontuou através de um relatório que apesar dos riscos, a criptomoeda “pode estar perfeitamente posicionada para se tornar a moeda preferida para comércio global”.
Após atingir sua ATH, o Bitcoin viu seu valor retrair em mais de 30%. Atualmente, a criptomoeda apresentou uma recuperação e é negociada por US$ 57.447,70, cerca de R$ 301.497,02.
Juliana Nascimento