Embora muitas empresas já estejam trabalhando em projetos de metaversos, incluindo Meta (antigo Facebook), Nike e Adidas, esses ambientes digitais exigirão uma eficiência computacional 1.000 vezes maior do que a atual. Foi o que afirmou Raja Koduri, um executivo sênior da Intel em uma publicação recente.
“A computação verdadeiramente persistente e imersiva, em escala e acessível por bilhões de humanos em tempo real, exigirá ainda mais: um aumento de 1.000 vezes na eficiência computacional do estado da arte atual”, destacou. “Além das melhorias de hardware, também precisamos de novos algoritmos e arquiteturas de software para atingir nosso objetivo.”
Conforme destacou Koduri, nos últimos anos, o metaverso passou a representar uma convergência utópica de experiências digitais. Ou seja, uma aspiração de permitir ambientes de realidade virtual e aumentada ricos, em tempo real e interconectados.
Esses ambientes, segundo ele, permitirão a bilhões de pessoas trabalhar, jogar, colaborar e socializar de maneiras totalmente novas.
“Na verdade, o metaverso pode ser a próxima grande plataforma de computação depois da world wide web e dos dispositivos móveis.”
De acordo com o executivo da Intel, a pandemia acelerou o processo de usar a tecnologia digital como forma de comunicação, colaboração e aprendizado.
E a explosão de tecnologias de finanças digitais descentralizadas inspira modelos de negócios que incentivam todos a criar inovações como metaversos.
Contudo, ele destacou que há muito a ser considerando para colocar indivíduos em ambientes virtuais.
Isso inclui avatares convincentes e detalhados com roupas, cabelos e tons de pele realistas; renderização em tempo real com base em sensores que capturam objetos do mundo real, gestos, áudio etc; transferência de dados; e um modelo do ambiente que pode conter elementos reais e simulados.
Assim, resolver tudo isso e, em larga escala, com a infraestrutura computacional atual é inviável, segundo ele.
“Para habilitar esses recursos em escala, todo o encanamento da Internet precisará de grandes atualizações”, ressaltou.
Por fim, o executivo ressaltou que a tecnologia que permite que mundos virtuais imersivos aumentem o mundo real abre muitas possibilidades.
Lorena Amaro