O WhatsApp Pay, que já funciona na Índia, deve ser lançado em fases e contemplar apenas de 1 a 2% dos 120 milhões de usuários brasileiros do aplicativo de mensagens.
O Facebook, operador do WhatsApp, recebeu autorização para operar pagamentos através do app pelo Banco Central no fim de março. Apesar das informações, a assessoria de imprensa da big tech não confirmou nem negou o lançamento.
Desde então, o lançamento do WhatsApp Pay foi adiado por duas vezes, mas pode ser lançado hoje no país. Segundo informações, os adiamentos foram feitos para mais testes de experiência de usuários, transferência se estornos, mas a equipe responsável pela funcionalidade já teria concluído os testes com sucesso.
A funcionalidade deve ter os pagamentos feitos através das bandeiras Mastercard e Visa, com processamento pela Cielo.
Os usuários em São Paulo podem ser os primeiros a testarem o WhatsApp Pay, com planos para a segunda fase entrar no ar em junho, com expansão para mais duas regiões do país, e lançamento completo em julho, em todo o Brasil. A expansão, porém, vai depender do desempenho do WhatsApp Pay nas fases anteriores.
O lançamento promete gerar grande impacto sobre o mercado de pagamentos, aumentando o número de transações digitais, diminuindo a circulação de dinheiro e marcando a entrada das big techs no mercado financeiro brasileiro. Parte do mercado, entre eles os grandes bancos, teme abuso de poder financeiro, já que o Facebook é uma das maiores empresas do mundo.
Apesar das reticências, os grandes bancos do país como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa devem entrar na funcionalidade, já que tem atuado para ampliar a inovação e diminuir o impacto do setor digital sobre as instituições financeiras mais tradicionais.
Outro temor do mercado com o lançamento do WhatsApp Pay é quanto à segurança das informações, um "calcanhar-de-aquiles" antigo do Facebook. O WhatsApp vai reunir informações sensíveis como CPF, conta bancária, número de celular e informações de redes sociais e localização dos usuários, e agora resta saber como esses dados serão usados no futuro breve.