O Ministério Público do Condado de Monmouth, Nova Jersey, EUA, comunicou na semana passada que liquidou cerca de US$ 200 mil em criptomoedas apreendidas há cerca de três anos durante uma ação contra o tráfico de drogas. Segundo a nota do Gabinete, os ativos estavam congelados desde a época do confisco, quando foram avaliados em US$ 57 mil. Com a liquidação, os cofres públicos obtiveram um ‘lucro’ de US$ 143 mil.
“Nossa equipe concluiu com êxito o processo de liquidação das criptomoedas confiscadas perfazendo US$ 198.237,31 que estão sendo enviados da Coinbase para a conta de confisco do Condado de Monmouth”, escreveu o órgão.
Segundo o promotor Christopher J. Gramiccioni, o MP de Monmouth passa a ser a primeira agência estadual de Nova Jersey a fazer apreensões de criptomoedas em dois casos separados originados em 2017 e 2018 e que concluiu sua liquidação para os cofres públicos.
De acordo com o comunicado, a apreensão dos ativos e de outros produtos ocorreu em 2018 em dois locais diferentes usados pelo criminoso, o americano Giddel Gonzalez-Estrada, morador de Long Branch, cidade em Nova Jersey. As criptomoedas só foram congeladas depois que as investigações mostraram que elas eram fruto da atividade do tráfico, escreveu a promotoria.
Na ocasião, além das criptomoedas, foram apreendidos cerca de US$ 32 mil em dinheiro, aproximadamente 500 gramas de cocaína, maconha e uma arma de fogo. “Grandes quantidades de embalagens, materiais de pesagem e vários apetrechos usados para a venda e distribuição de entorpecentes”, ressaltou o órgão.
Em 2019, Gonzalez se confessou culpado e foi condenado a 10 anos em uma prisão estadual de Nova Jersey. A sentença foi proferida pela juíza Lourdes Lucas, confiscando os bens apreendidos na investigação para o Gabinete do Promotor do Condado de Monmouth.
O promotor Gramiccioni disse que está orgulhoso dos trabalhos investigativos que estão sendo realizados para descobrir “esses métodos modernos usados para ocultar ativos oriundos de atividades criminosas no mundo cibernético”. Ele acrescentou:
“Isso vai servir como um modelo eficaz para as agências estaduais de aplicação da lei no mercado de criptomoedas — um lugar onde podemos esperar que o produto dos crimes continue sendo escondido”.
O caso de Gonzalez, contudo, não é o primeiro do Condado de Monmouth. Segundo a promotoria, a primeira apreensão de criptomoedas ocorreu em 2017 após a prisão de duas pessoas acusadas de fraude em instituições financeiras e roubo de identidade. Na época, os ativos foram avaliados em mais de US$ 200 mil.
“O valor dessa criptomoeda é agora estimado em mais de US$ 1,25 milhão”, disse o órgão, sem especificar o nome do cripto ativo.
Ao contrário do caso de Gonzales, os acusados desse episódio ainda vão ser julgados. O processo envolve mais 16 suspeitos e está em andamento na Justiça de Monmouth.