De acordo com Patrick, o fundo, que possui US$ 27 bilhões em ativos sob gestão, tem monitorado com preocupação o mercado internacional, com o objetivo de buscar proteção.
Dessa forma, a equipe passou a monitorar setores mais defensivos, como o mercado de commodities, que historicamente protegem contra a inflação. Na visão de Fitzpatrick, o BTC já se consolidou como parte deste mercado além do tradicional argumento de reserva de valor.
“Não tenho certeza se o Bitcoin é visto apenas como uma proteção contra a inflação aqui. Acho que ele chegou no mainstream. As criptomoedas tem um valor de mercado de mais de 2 trilhões de dólares, há 200 milhões de usuários em todo o mundo. Eu acho que vai se tornar algo popular”, disse a CEO.
A CEO não revelou valores ou qual a porcentagem de BTC que o fundo possui. Mas destacou que a criptomoeda não é a única que faz parte do portfólio. Sem citar nomes, Fitzpatrick também elogiou as aplicações de finanças descentralizadas (DeFi).
Conforme dados do CoinMarketCap, o BTC voltou a cruzar a barreira de US$ 1 trilhão após se valorizar 9% nas últimas 24 horas.
Ao passo que anuncia sua posição em BTC, Fitzpatrick também revelou que o fundo está investidor forte em commodities.
Enquanto o BTC registra valorização de 414% em 2021, o setor de commodities cresceu 36,7% no mesmo período. Em outras palavras, diante do cenário atual, as posições se revelaram grandes acertos.
Em contrapartida, o fundo afastou suas posições de ativos relacionados às duas maiores economias do mundo: EUA e China. No caso dos americanos, o Soros Fund passou a ficar vendido em títulos da dívida do país. A tensão com a dívida pública dos EUA tem se ampliado nas últimas semanas.
Por outro lado, as ações de empresas chinesas estão sofrendo com os impactos do caso China Evergrande. Para piorar, o cerco do próprio governo pode levar a um êxodo de ações da bolsa local.
“Por vinte anos, as empresas chinesas de tecnologia com capital ocidental e um interesse investido pelo Ocidente em seu sucesso se adequaram muito bem aos objetivos da China. Eles não precisam mais disso, então podem pegar seus US $ 700 bilhões e levá-los de volta à terra firme em Hong Kong”, diz.
Luciano Rocha