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'Fan tokens' arrecadam mais de R$ 1 bilhão para gigantes do futebol europeu, mas geram críticas

Publicado em 31/08/2021 às 16:53

"Fan tokens" se tornaram uma nova fonte de receita importante para alguns dos principais clubes europeus e agora também estão se tornando realidade no futebol brasileiro.

Os "fan tokens" se tornaravam uma nova fonte de receita importante para cinco gigantes do futebol europeu e arrecadaram mais de R$ 1 bilhão até agora, de acordo com reportagem do jornal britânico The Telegraph. Mesmo que seja sabido que não é recomendável se deixar pela levar pelas emoções na hora de fazer investimentos financeiros.

Este montante foi dividido proporcionalmente entre os clubes a partir das vendas de tokens do Paris Saint-Germain, Juventus, Barcelona, Galatasaray e Manchester City. A união do mercado de criptomoedas com o futebol tem sido conduzido pela plataforma Socios.com, e será através dela que o Corinthians entrará nesse mercado com o início da comercialização do token de torcedor do clube em 2 de setembro.


Gráfico diário de desempenho dos quatro principais "fan tokens" de clubes europeus. Fonte: Trading View

Apesar do sucesso financeiro e de marketing, os "fan tokens" têm recebido críticas por expor os torcedores às particularidades do volátil mercado de criptomoedas.

No início deste mês, torcedores do Leeds United, que também fechou uma parceria com a Socios.com, divulgaram um manifesto em clara oposição à iniciativa. Eles afiram que há outras formas de engajar os fãs sem recorrer à monetização, especialmente "quando a monetização está vinculada a criptomoedas."

“Tokens vendidos a preços baixos podem ser justificados como uma forma divertida e de baixo risco de interagir com o clube; no entanto, os fãs podem ser persuadidos a levar a lealdade a níveis extremos e indivíduos vulneráveis podem acabar se expondo além dos seus limites.”

O manifesto defende que o clube não deveria lançar seu "fan token" sem antes oferecer as orientações pertinentes aos torcedores, assim como alertá-los sobre o risco associado a investimentos em criptomoedas. Torcedores do West Ham, outro clube inglês, já haviam se posicionado contra a emissão de tokens de torcedor pelo clube.

Em resposta aos questionamentos, o co-fundador da Socios.com, Alexandre Dreyfus, justificou o sucesso da parceria da empresa com os clubes: a geração de novas fontes de receita para o futebol. “Eu entendo por que as pessoas nos contestam, mas é exatamente pelo mesmo motivo que os clubes gostam de nós, porque eles veem isso como uma receita incremental”, afirmou ele ao The Telegraph. E acrescentou ainda:

“[Os "fan tokens" não estão canibalizando nenhuma outra receita que os clubes têm e isso é importante. Não toca em ingressos, não toca em merchandising - é uma receita adicional para um novo tipo de consumidor, que são os fãs digitais do clube em todo o mundo”.

Inevitavelmente, a cotação dos "fan tokens" é influenciada por questões relacionadas ao dia a dia dos clubes.

Conforme relatou o Cointelegraph no início deste mês, a mera especulação sobre a possível contratação de Lionel Messi pelo Paris Saint-Germain fez com que o token do clube, o $PSG, , se valorizasse em 200%, atingindo seu topo histórico. O pacote financeiro de R$ 215 milhões por temporada acertado com Messi inclui pagamentos em tokens de torcedor do PSG.

Hoje, o $PSG está cotado a R$ 175,00, 46% abaixo do topo histórico de R$ 320, 23 alcançado antes da chegada do craque argentino ao clube francês.

Gráfico diários PSG/USDT na Binance. Fonte: Trading View

Aqui no Brasil, a união das criptomoedas com o futebol ainda está em estágio inicial. Mesmo assim, o Vasco captou R$ 1,2 milhão apenas nas 24 horas iniciais de negociação e o Cruzeiro obteve R$ 1,4 milhão no primeiro mês de vendas dos seus tokens de torcedor.



CAIO PRATI JOBIM

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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