O hard fork London trouxe a EIP-1559, e assim esperava-se que a moeda pudesse se tornar deflacionária e que as taxas de transação diminuíssem.
Mas até agora, não é o que está acontecendo.
Desde o dia 5 de agosto a rede Ethereum passou a queimar tokens Ether, e isso foi implementado para diminuir as taxas de transação da rede.
Ao passo que as criptomoedas fossem queimadas, havia a suposição de que o protocolo que não possui suprimento finito passasse a ser deflacionário.
Mas 23 dias após o fork o que se constata é exatamente o contrário.
Atualmente a rede está queimando, em média, apenas 35% dos Ethers diários que produz.
Desde o fork a taxa de queima de Ethers por minuto aumentou, assim como aumentou o volume de transações da rede.
Mas desde o dia 5 de agosto o Gás ou taxa de transação da rede tem se mantido constante e por vezes tem até aumentado.
Em média 13.500 Ethers são produzidos diariamente na rede Ethereum.
Isso dá em média 9 novas criptomoedas cunhadas por minuto.
Já no que diz respeito à queima, cerca de 4.750 Ethers são queimados diariamente.
Assim, em média 3,3 Ethers estão sendo queimados por minuto.
Cabe lembrar que esta média é variável.
De acordo com o site ultrasound.money, apenas nas últimas 24 horas foram queimados em média 5,6 Ethers por minuto (dado colhido no momento desta redação).
Mesmo sendo um volume de queima maior que o médio, ainda está bem abaixo da média de Ethers produzidos diariamente.
No momento desta redação um total de 120.900 Ethers haviam sido queimados desde o lançamento do hard fork London.
Assim, pouco mais de US$ 392 milhões de dólares haviam sido queimados na rede.
Em Reais, algo em torno de R$ 2 bilhões.
Quem mais tem queimado Ethers é a plataforma de tokens não fungíveis OpenSea, seguido pelas transferências de Ethereum, pelo protocolo Uniswap, pelas transações com Tether, e pela plataforma de jogo Axie Infinity.
Jorge Siufi