A recente adoção do USDC, stablecoin atrelada ao dólar, pela Visa, uma das maiores redes de pagamento do mundo, é somente o início de uma parceria maior.
Conforme revelou Percival Jatobá, vice-presidente de Soluções e Inovação da Visa do Brasil, a empresa está muito interessada no ecossistema das criptomoedas.
Segundo ele, ao contrário do que o mercado de criptoativos achava antes, a Visa não é inimiga das criptomoedas. Pelo contrário, a companhia deseja cada vez mais dar suporte aos ativos digitais.
Durante sua fala no Digital Money Meeting 2021, ele reforçou que o intuito da empresa é unir o mundo do Bitcoin (BTC) e das criptomoedas com o universo financeiro tradicional.
“A gente também pode processar stablecoins. Esse foi o primeiro grande passo e talvez outras mais venham”.
Ainda de acordo com o executivo, a Visa já opera pagamentos com a stablecoin USDC em cerca de 50 empresas mundiais que emitem cartões com suporte aos criptoativos.
Além disso, para unir os criptoativos e o mercado financeiro tradicional, a Visa construiu um conjunto de APIs. Mas não é só o suporte técnico que a empresa quer fornecer. Afinal, a líder em pagamentos planeja oferecer suporte educacional para ajudar as pessoas nesta jornada cripto/fiat.
“O que a gente precisa é fazer com que o maior número possível de pessoas e usuários entendam a jornada. E que essa jornada seja o mais fluída possível. Então, esse é um outro papel que a Visa vem desempenhando”, afirmou.
Segundo Jatobá, esse é o “core bussiness” principal da Visa: facilitar pagamentos entre as partes e promover inovação. Por isso, a companhia também está entrando no universo dos NFTs.
“Facilitar o comércio entre um comprador e vendedor é o que a Visa faz a mais de 60 anos. E, modéstia à parte, a gente faz com excelência e é o líder deste mercado. Então, a gente é a rede que trabalha para todos e os NFTs não são exceção”, pontuou.
Luciano Rodrigues