Nas últimas 24 horas, o hashrate do BTC enfrenta uma queda de 13% e se mantém em torno de 126.5 EH/s, segundo o BitInfoCharts.
A taxa de hashrate representa o poder de mineração do bitcoin, ou seja, a quantidade de poder computacional emprestado à rede para validar as transações. Quanto maior o hashrate de uma rede, mais protegida ela está e mais rápida as transações são processadas.
O volume de transações do bitcoin, entretanto, está em um dos níveis mais baixos da história. A falta de atividade na rede impacta nos lucros dos mineradores e faz as taxas representarem apenas 1,3% da receita total de agosto, a porcentagem mais baixa do ano de acordo com os dados do The Block.
Aumento da dificuldade de mineração
O aumento expressivo do hashrate do bitcoin sinaliza que mineradores que foram obrigados a abandonar a China estão se restabelecendo com sucesso em outros territórios. Naquele meio tempo, os mineradores dos Estados Unidos aproveitaram o recuo da concorrência para alavancar os lucros.
Agora que há mais validadores na rede, a tendência é que a mineração se torne mais difícil. Desde que aconteceu no início do mês o primeiro aumento de dificuldade desde a repressão chinesa, o ajuste seguiu sendo positivo. Na segunda correção do mês, a dificuldade subiu mais 7%.
Nesta quarta (25), acontece um novo ajuste e de acordo com a estimativa do BTC.com, a mineração vai ficar 13,2% mais difícil, indo de 15.5 T para 17.6 T.
A blockchain do bitcoin ajusta de forma automática a dificuldade de mineração a cada duas semanas para garantir que o tempo de produção do bloco fique em torno de 10 minutos. Se há muitos mineradores e os blocos são extraídos em um intervalo menor de 10 minutos, como está acontecendo agora, a dificuldade aumenta.
Saori Honorato