Investidores de criptomoedas precisam estar ainda mais atentos à privacidade e segurança digital do que usuários tradicionais. Isso porque acessar carteiras e exchanges de moedas digitais pela internet, sem os devidos cuidados, pode custar caro.
Muitas vezes, ignorar os termos de uso de uma plataforma, acessar redes wi-fi abertas e outras práticas podem facilitar o vazamento de dados e fragilidades na segurança do usuário.
Assim, para fugir das ameaças que a internet pode oferecer, o CriptoFácil compilou oito dicas de como garantir a privacidade no ambiente digital com Laura Tyrell, chefe da RP da Nord Security, empresa especializada em soluções de privacidade:
Tyrell recomenda sempre usar uma Virtual Private Network ou Rede Privada Virtual (VPN). Trata-se de uma rede virtual particular que pode ser usada por meio de uma rede pública, como a internet.
Com versões pagas e gratuitas, basta baixar um programa no computador ou celular, criar um login e senha e, só depois, acessar sites e aplicativos.
De acordo com a especialista, a VPN torna a conexão mais segura. Afinal, a rede criptografa os dados e “camufla” o IP do usuários. Dessa forma, evita ataques de terceiros ou que programas espiões coletem dados confidenciais.
“Um cuidado a mais é verificar a procedência das VPNs gratuitas, pois elas podem ser uma armadilha e fazer o oposto, ao vender informações de navegação dos usuários”, disse.
Proxy é uma ferramenta que altera o IP do computador e/ou celular, impedindo que sua localização seja identificada. Portanto, uma dica é proteger o IP com proxy.
Tyrell também indica o uso de e-mails criptografados nos quais as contas podem ser criadas de forma anônima, sem que o usuário informe dados pessoais, como números de telefone, por exemplo.
“Outra dica é usar e-mails alternativos. Ou seja, específicos para cadastros em sites e utilizar outro para assuntos de trabalho”, disse.
Atualmente, todos os navegadores oferecem a opção de navegar de forma anônima. Nessa opção, alguns dos cookies de rastreamento são bloqueados, impedindo a gravação de informações no browser. Esse tipo de navegação ajuda a proteger os dados.
A especialista também pontua que, ao utilizar os navegadores, a localização e o histórico de sites visitados ficam armazenados no servidor.
Desse modo, é comum aparecerem anúncios (incluindo as redes sociais) ofertando produtos ou serviços que estavam sendo pesquisados.
Para evitar isso, basta ir ao browser, acessar as configurações de conta, procurar por “dados e personalização”, e no painel “Personalização de anúncios”, acessar “Ir para as configurações de anúncios”. Por fim, basta clicar no botão “A personalização de anúncios está ATIVADA” e desabilitar a opção.
Ao utilizar as redes sociais e sites de compras, é importante fazer o logout após o uso. Por mais que os computadores e celulares sejam de uso pessoal, isso evita que outras pessoas tenham acesso ao seu perfil.
Se o navegador perguntar se você deseja gravar a senha para fazer qualquer tipo de login, o mais seguro é optar pelo “não”.
Laura Tyrell também afirma que, no caso das redes sociais o melhor a ser feito é deixá-las no modo privado e só aceitar solicitações de amigos. Além disso, deve-se evitar divulgar informações pessoais, postar fotos de crianças, de sua casa ou local de trabalho.
Por fim, a especialista recomenda utilizar senhas longas, com números, letras e caracteres especiais. Outra dica importante é utilizar uma senha para cada e-mail ou rede social.
“Navegar na internet deixou de ser diversão e faz parte do cotidiano no trabalho e estudo da maioria das pessoas, além das fortes interações nas redes sociais. Mas nem por isso a segurança deve ser deixada de lado”, finaliza.
Luciano Rodrigues