O uso de criptomoedas para tentar lavar dinheiro tem se tornado cada vez mais frequente. A Polícia Federal deflagrou nessa quinta-feira, (12) a Operação Compliance, com objetivo de combater crime de lavagem de dinheiro através de criptomoedas, como publicou o site oficial da corporação.
Cerca de 150 policiais federais cumpriram 34 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Goiânia/GO, Campo Grande/MS, São Paulo/SP, Laranjal Paulista/SP, Recife/PE e Vitória/ES.
Os mandados foram emitidos pela Justiça Federal em Goiás, que também expediu 30 mandados judiciais de bloqueios de contas correntes e carteiras de criptomoedas, além da quebra do sigilo dos investigados junto às corretoras.
Início em 2018
A investigação começou 2018 e identificou o envolvimento de um hacker, principal investigado, em fraudes eletrônicas através da internet.
O esquema consistia no desvio de valores de contas bancárias e o posterior incremento da atividade lucrativa com aplicações em criptomoedas, gerando grandes movimentações bancárias através das empresas investigadas.
Outros casos
Somente nos últimos 40 dias, a Polícia deflagrou outros dois grandes casos.
O GAECO prendeu seis vereadores do RJ acusados participar de organização criminosa que lavava dinheiro com Bitcoin.
Os seis vereadores são da cidade do Carmo, estado do Rio de Janeiro, acusados de integrar uma organização criminosa que fraudava licitações na cidade e lavava o dinheiro da corrupção com Bitcoin e outras criptomoedas.
E a PF prendeu, também, Cláudio Oliveira do GBB, em megaoperação contra um grupo acusado de desviar mais de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em Curitiba, no Paraná.
RAFAEL CHINAGLIA