“Observe que esta é uma transação autorizada, mas não emitida, o que significa que esse valor será usado como estoque para as solicitações de emissão do próximo período e trocas em cadeia”.
A Tether é alvo de constantes críticas na comunidade cripto pela falta transparência sobre suas reservas. A empresa costumava afirmar que para cada USDT emitido no mercado tinha um dólar equivalente em caixa.
O problema fez a Tether enfrentar um processo judicial complicado com os reguladores. Em abril, a procuradoria-geral de Nova York condenou a empresa a pagar uma multa de US$ 18,5 milhões por mentir sobre o lastro da stablecoin e falsificar auditorias.
Em maio, a empresa detalhou suas reservas pela primeira vez desde 2014 e mostrou que menos de 3% de todos os USDT eram lastreados em dinheiro, diferente de alegações anteriores.
Quando a Circle e a Paxos divulgaram as auditorias de suas stablecoins no final de julho, os executivos da Tether se comprometeram em fazer o mesmo em breve, mas não informaram uma data precisa.
A empresa publicou nesta segunda um relatório de garantia produzido pela Moore Cayman, uma firma baseada nas Ilhas Cayman, que atestou as reservas de UDST no dia 30 de junho. O documento, no entanto, não representa uma auditoria completa.
De acordo com o relatório, a Tether possuía US$ 62,7 bilhões em caixa naquele dia. Desse total, quase metade (US$ 30,8 bilhões) era respaldado por papel comercial e certificados de depósito, e apenas 10% da reserva de USDT (US$ 6,2 bilhões) vinham de dinheiro e depósitos bancários.
Saori Honorato